sexta-feira, 22 de março de 2013

Confissões angustiadas de uma noiva




Fico tão feliz quando alguém compartilha dos mesmos sentimentos que eu. Não que deliberadamente eu deseje o sofrimento alheio, mas porque eu não me sinto tão só na minha angústia. Sempre que vou contratar um fornecedor novo é um suplício. Peço alguns orçamentos, analiso os prós e os contras, fico apaixonada por um e começo a pôr defeito nos outros. Mas também fico com medo de não fazer uma escolha acertada e com medo de pagar mais caro do que posso porque não tenho coragem de pedir desconto (sinto como se tivesse aviltando o trabalho alheio).

Estou pesquisando orçamento de decoração, de cerimonialista e de vestido de noiva. Antes de começar a cotar cerimonialista, tinha colocado como meta contratar um cerimonial parcial por R$1.000,00. Quando comecei a cotar os preços, vi que a realidade era bem diferente dos meus sonhos e as minhas opções estão girando em torno dos R$1.800,00 (bem chorados). O pior é que não tenho coragem de negociar, pois acho o trabalho delas tão importante que me sinto mal em dizer que gostaria de pagar menos, mas como já gastei muito dinheiro com ouros fornecedores caros e ainda falta muita coisa para contratar, é preciso chorar ou o dinheiro disponível não será suficiente. 

A essa altura do campeonato, uma das coisas que eu faria diferente seria contratar uma cerimonialista desde o começo. Gente, como me fez falta esse serviço!! Talvez eu tivesse sofrido menos (ou mais, se tivesse contratado alguém ruim).

Outra coisa que parou de me atacar o juízo foi a cerimônia religiosa. O meu "noivorido" e eu somos de família católica, mas na prática não temos religião. Temos um profundo respeito pelas religiões (não só a católica), mas não acreditamos que haja alguém que tenha poderes de falar em nome de Deus e de outorgar dogmas de fé. Diante disso, algumas restrições da Igreja Católica não faziam sentido na nossa cabeça, dentre elas as das músicas. Por exemplo, só aceitar músicas católicas (e isso quer dizer, músicas escritas por católicos e voltadas para a Igreja). Quer dizer que Monte Castelo da Legião Urbana ofende a Igreja? Are you the one do Scorpions ofende a Igreja pelo simples fato de não ter sido escrita especificamente para esse fim? Quando soube que músicas de evangélicos também não eram permitidas, fiquei super revoltada. Então não é a mensagem passada pela música que importa, mas quem a escreveu? A rixa entre duas religiões baseadas no mesmo Deus é maior do que o próprio Deus? 


De uns tempos para cá eu desisti. Peço desculpas a quem vê as coisas diferente de mim, mas eu passei a me sentir muito melhor quando comecei a ver as coisas de forma diferente. Qual é o nosso objetivo? Celebrar o nosso amor junto à nossa família e dentro das tradições em que fomos criados. Então passei a dar menos importância aos detalhes da Igreja, a tentar relevar aquilo que não concordo e me limitar apenas a respeitar, a aceitar e a torcer para dar tudo certo.

Sim, porque isso estava me chateando tanto que cheguei a me arrepender de ter decidido por tudo isso. Pensei que podia ter me limitado ao que sempre acreditei: que poderíamos ter investido esse dinheiro na decoração do nosso apartamento (que devido ao casamento será feita a prestação) e na lua-de-mel (que foi preterida por falta de verba). Já que agora não tem mais volta, decidi tentar me posicionar da forma mais saudável possível para aproveitar bem todos os momentos.

Outra coisa que tem ocupado os meus pensamentos é o chá de panela/aniversário de 30 anos/comemoração de 1 ano do casamento civil (em setembro, quero comemorar tudo ao mesmo tempo). Logo logo compartilharei por aqui um pouco sobre chás de panela, de lingerie, de tudo no mundo.

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